Módulo I - Educação e Construções de Valores

Semana 1
Vídeo-aula 3: Educação e Valores: O Juízo moral na criança.

    Nesta vídeo-aula o professor Ulisses aborda questões sobre o processo de construção do juízo moral na criança, baseado nos estudos de Jean Piaget. 

      Em seu livro Jean Piaget afirma : "Toda moral consiste num sistema de regras, e a essência de toda moralidade deve ser procurada no respeito que o indivíduo adquire por essas regras"
      Entende-se que o sujeito deve respeitar as regras em sala de aula, código penal, enfim não basta obedecer regras é preciso respeitar a coletividade, a família, a escola e o mundo em geral...

O desenvolvimento humano se dá da seguinte forma (egocentrismo): 


Anomia: Sem regras, somos assim quando nascemos...

Heteronomia: A criança já conhece algumas regras de fontes variadas... Porque os pais ensinaram, a escola ensinou...porque Deus não gosta...Às vezes são coagidos para não cometer erros, muitas vezes conhecem o respeito unilateral, somente ela é obrigada a respeitar. 


Autonomia: As regras são internalizadas no próprio sujeito. Nesta fase nós sabemos o que queremos, o que devemos ou não fazer. Existe o respeito mútuo e cooperação.

     O maior problema é a pessoa parar o seu desenvolvimento na heteronomia que é o caso daquelas que foram coagidas a obedecer, não aprenderam a cooperar e respeitar efetivamente. O melhor caminho para ajudar alguém a se tornar autônomo é a relação de afetividade, respeito e cooperação. 

      No livro "Cinco estudos de educação moral" Piaget diz que é necessário reduzir no ser humano o egocentrismo para que ele possa pensar que existe o outro. 

    "O melhor caminho para o desenvolvimento do ser humano é a afetividade, o respeito e a cooperação"

     É importante entender que independência não é sinal de autonomia. Um sujeito autônomo é aquele que respeita e segue regras porque as internalizou e assim sabe exatamente o que deve ou não ser feito. Nosso papel enquanto educadores é o de ajudar nossos alunos a alcançarem esta autonomia. Podemos começar dando exemplos de respeito e afetividade em nosso dia-a dia. 

Vídeo-aula 4: A escola e a construção de valores

Sete dimensões que escola precisa estar atenta para desenvolver valores:

1) Conteúdos escolares:
Devemos incluir no currículo escolar (desenvolvidos transversalmente) : Cidadania, direitos do cidadão (humanos), temáticas de ética e inclusão social entre outros...


                                    
2) Modo de aplicar os temas nas aulas:
* Não trabalhar na unilateralidade (trabalhar de forma cooperativa)
* Construção coletiva do conhecimento
* Diálogos (professores e alunos conversando, ambos construindo conhecimentos)
* Deixar que os alunos tenham papel ativo na construção do conhecimento


3) Quais valores trabalhar?
 Os valores a serem trabalhados podem ser retirados da "Declaração Universal dos Direitos Humanos", temos que ter a intenção de passar certos valores aos alunos, por exemplo, cobrar que eles se respeitem como intenção da escola como cobramos as disciplinas comuns. 


4) As relações interpessoais devem ser de 
* respeito mútuo
*afetividade
*diálogo         
Não devemos ser autoritários, mas sim respeitar os alunos para que eles nos respeitem e nos admirem.


5) A questão da autoestima dos alunos:
É muito importante que o aluno tenha uma boa autoestima, porque se não a tiver ele não consegue alcançar a consciência de agir pelo coletivo, pois se sente inferior. Precisamos estar atentos a isso.


6) O auto conhecimento:
Desenvolver atividade que ajudem os alunos a conhecerem seus próprios sentimentos e emoções os farão refletir em seu modo de agir e entenderão os sentimentos dos colegas também, podendo tomar atitudes mai éticas e justas. 


7) A gestão escolar:
A escola deve ser um espaço democrático, no qual deve existir muito diálogo, respeito, afeto e companheirismo. Onde ninguém seja melhor que o outro, mas um pequeno grupo de mãos dadas. 

Semana 2
Vídeo-aula 7: Educação e Ética.
Profª Carlota Boto

      Nesta aula a professora aborda o tema ética na educação, diz que embora a criança tenha como primeiro contato em sociedade a vida em família, antes de se transformar em um cidadão ela passa pela escola, e é na escola que ela dará os primeiros passos para viver em sociedade.
 
      Aspecto da ética na educação escolar:

* interação entre professor e aluno
* interação entre aluno e aluno
* Interação entre professores, alunos e funcionários (interação)

     Como professores não ensinamos apenas os conteúdos, mas sim valores e ética. A ética se forma muito mais na vida com os exemplos, por isso devemos ser éticos com os alunos também, pois a escola tem a oportunidade de preparar os alunos para viverem em sociedade.

                                             " Ética: Modo certo de agir em relação ao outro"

     A ética sempre é construída como hábito, portanto são através de exemplos e atos. Os rumos que podem ser tomados para agirmos com ética são:
Igualdade (lidar com o coletivo de maneira justa)
Fraternidade (respeito as diferenças e as diversidades)
Preparar a democracia (construção de normas coletivas)

                                                                    Perguntas da ética:
* Como e porque a ação é moralmente correta?
* Que critérios devem orientar o julgamento?
* O que devo fazer?

                                                  Ética: fazer o que é certo"

Ação Correta:

*Felicidade de todos
*Forma o agente virtuoso
*Acordo com regras determinadas
*Justificativa aos outros de forma razoável

Ética Normativa: determinação da ação correta
Ética Aplicada: resolução de conflitos mediante princípios da ética normativa

Na escola:

    Clareza das regras, os alunos devem saber os critérios do professor (contrato pedagógico, no qual o alunos se sinta participante).
    O professor não pode se fechar, temos que ouvir as crianças, um currículo fechado bloqueia o aluno, pois ele não pode se manisfestar. Não podemos pensar apenas em letrar, nem muito menos ter juízos cristalizados ou generalização falsa, nosso papel é ser solidário... Temos que implantar em nossa escola uma cultura progressista, fraterna...
                                    "Escola: um lugar de saberes e convivência"

Vídeo-aula 8: A construção psicológica de valores
Prof. Ulisses


É possível a educação em valores?
Como se dão os processos de construção e apropriação de valores?
Quais valores a escola deve ensinar?

Valores:
* Trocas afetivas que o sujeito realiza com o exterior...
* Para Piaget, valores tem haver com a relação afetiva entre sujeitos.
* Valores é tudo aquilo que eu gosto (do ponto de vista psicológico-dimensão afetiva)

Como se constroem os valores?
Através da Projeção de sentimentos...
Podemos projetar sentimentos para coisas, para os outros, para as relações e para nós mesmo.
O processo de construção de valores são de dimensão afetiva, o que foi valor para mim ontem pode não ser um valor amanhã, podemos criar valores em qualquer momento de nossas vidas.

Não podemos ter a ideia errônea que "pau que nasce torto nunca se endireita", pois a qualquer momento podemos aprender a valorizar o que antes não era importante para si.

Quais valores devemos trabalhar?
Devemos (família e escola) definir alguns valores que sejam essenciais para se viver em sociedade. O professor Ulisses sugere que nos guiemos pela "Declaração Universal dos Direitos Humanos". O trabalho deve ser feito de  forma interdisciplinar e transversal, e o tema precisa ser importante para a vida do aluno.


                                        "Valores que precisamos para viver"


Semana 3
Vídeo-aula 11: Perspectivas atuais das pequisas em psicologia moral.
Profª Viviane Pinheiro

Viviane Pinheiro aborda nesta aula teorias sobre a moralidade na perspectiva da psicologia moral.

Os valores se estabelecem nas dimensões afetivas...
    O sujeito tem papel ativo na construção de seus valores. A moralidade não está ligada apenas pela justiça é muito mais do que isso.
    Temos os valores centrais, aqueles mais importantes para nós e os valores periféricos, aqueles que são valores menos importantes.
   A professora Viviane cita alguns exemplos de valores centrais e periféricos - (Sujeito psicológico - sistema moral):

   Em um dos exemplos um sujeito tem como responsabilidade seu valor central,  ele se recusa a ajudar um amigo na escola pois o mesmo não havia preparado a lição. Amizade é para ele um valor periférico.
 
   No outro exemplo, como o valor central é de amizade, o sujeito se sente feliz em ajudar o amigo.

    Ou seja, os valores são regulados por sentimentos, se integram e se organizam no sistema moral hierarquicamente. 
    Como educadores, precisamos trabalhar com muitos tipos de valores e não somente em caso de conflitos. Este trabalho deve ser planejado e contínuo. 
     Ao prepararmos projetos é importante que façamos os alunos refletirem, não adianta dizer isto é certo e aquilo é errado, mas sim debater, discutir, exemplificar...


Vídeo-aula 12: Perspectivas atuais na educação em valores
Prof. Ulisses

   Como a escola, envolvendo toda a comunidade, pode e deve se envolver no processo de construção de valores? Colocar os valores no dia-a-dia... Como fazer?

Fórum escolar de ética e cidadania: Alunos, pais, professores, ONGs, policias etc, discutem sobre ética e cidadania. (Ética - Convivência democrática - Cidadania - Inclusão Social...) Estes temas devem ser temas incluso no currículo da escola. 

Educação comunitária: Que tema faz sentido estudar em nossa comunidade? Em nosso bairro? Este é que deve ser estudado...Levar a escola para fora dos seu muros...

A partir desses estudos, incluir os conhecimentos de matemática, português... desenvolver as aulas partindo das dúvidas dos alunos...

    Trazer o conhecimento dos alunos e os problemas da comunidade para dentro da escola ...

                                           "Protagonismo Juvenil" 

        A proposta é fazer os nosso alunos participarem, para se tornarem críticos e autônomos. Precisamos fazer com que eles se expressem em situações reais na qual eles possam ter experiências de conviver com suas práticas. Nosso papel é incentivá-los a desenvolver sua capacidade de autonomia, de analisar e eleger valores para si, conscientes e livres...




Semana 4
Vídeo-aula 15: Dimensões constitutivas do sujeito psicológico
prof. Ulisses

Porque abordar este tema?
Quem é o aluno? Quem somos nós?
Somos sujeitos complexos...

                                        "A formação de um sujeito psicológico"

   Sujeitos se constituem na interação com o meio em que vive. É constituído de um mundo consciente e inconsciente. 

Quatro dimensões do sujeito:

Biológico: Corpo/Não consciência
Cognitivo: Inteligência/parte intelectual
Afetivo: Afetos/Sentimentos e emoções
Sócio Cultural: Crenças e culturas armazenadas no cérebro

    Muitas vezes nos deparamos com a indisciplina, falta de alguns valores e tentamos explicar justificando com algum tipo de acontecimento. Mas tanto nós como nossos alunos somos sujeitos muito complexos...Não somos constituídos apenas por sentimentos ou por partes biológicas... Tudo que acontece dentro de nós e em nosso meio, constituem nossa identidade. 

                 "Somos muito mais do que os olhos podem ver"


Vídeo-aula 16: A construção de valores na dimensão afetiva
Prof. Viviane Pinheiro

      A questão da afetividade na construção de valores. 

Duas acepções da afetividade na construção de valores:

* As relações de inteligência e afetividade nas crianças
* A afetividade como fonte de energia (aspecto motivacional)

Após estudos, percebeu-se que a afetividade não é só motivacional como pensava Piaget, ela também organiza esse psiquismo humano. 

Dois temas são muito estudados na moralidade...estes regulam os valores morais.

                                          "Vergonha e Culpa"
Vergonha: relacionado ao outro...
Culpa: Me sinto culpado por algo que fiz ou deixei de fazer...

     Os sentimentos devem ser objetos de conhecimentos à serem trabalhos na escola. Devemos apresentar o respeito às diferenças. A importância de trabalhar os sentimentos é grande se queremos ter uma educação efetiva em valores. 
      Devemos fazer da escola um ambiente feliz...

                                          "Escola: Um lugar de alegria"

Semana 5
Vídeo-aula 19: Podem a ética e a cidadania serem ensinadas?
Prof. José Sergio Carvalho

Desde antes, tempos antigos os professores já se preocupavam com a formação ética dos alunos.
Vamos estudar um pouco o que se pensava há muitos anos atrás?

                                                        "Aristóteles"

Aristóteles: "Os homens tornam-se bons e virtuosos de acordo com a natureza, hábito e razão"
Natureza para Aristóteles era o caráter...
Hábito era modo de vida
Razão capacidade de pensar e decidir

"Somos formados para a virtude, precisamos formar para ética. Uma formação democrática forma cidadãos democráticos e aperfeiçoa uma sociedade democrática"

                                                           "Aquiles"
Aquiles-Guerreiro (Grécia Homérica) Acreditava-se que alguém só podia ter uma virtude quando se era filho de guerreiros ou quando os deuses agraciava com a virtude.

Vejamos um poema de Píndaro, citado pelo professor:


O sonho de uma sombra - um poema de Píndaro



A sorte dos mortais

cresce num só momento;
e um só momento basta
para a lançar por terra,
quando o cruel destino
a venha sacudir.
Efêmeros! que somos?

que não somos? O homem

é o sonho de uma sombra.

Mas quando os deuses lançam

sobre ele a luz,
claro esplendor o envolve
e doce é então a vida.

tradução: Péricles Eugênio




                                                     "Sócrates"
Embora acreditava-se que Sócrates não acreditava na construção da virtude, viveu persuadindo as pessoas a cuidarem de suas virtudes e não de seu bens...


                                                     "Protágoras"

Protágoras dizia que todos podiam ensinar virtudes.

Ninguém é licenciado em solidariedade ou justiça, mas todos podemos ser ensinar isso. Na escola todos são educadores, desde o pessoal da limpeza até o diretor...



Importante: Para se ensinar ética, não precisamos de conceitos basta agir...Segundo Padre Vieira: Ações vida, exemplos e obras é o que convertem o mundo. 

"Para falar ao vento bastam as palavras, para falar ao coração, são necessárias obras"


Vídeo-aula 20: Violência e educação (Univesp-SP)
Prof. Flávia Schieling

Violência nas escolas
Não é fácil falar de violência nas escolas, ela nos emudece. 

"Se puderes olhar vê, se puderes ver, repara" José Saramago

Reparar: Olhar atentamente / Resolver algo.
   Nós podemos agir contra a violência, ela não é uma fatalidade. Podemos iniciar com o diagnósticos e depois imaginar possíveis formas de atuação contra a violência. 
     A escola pode construir diálogos com a comunidade através de projetos, estabelecer conexões com outros órgãos da sociedade. Não podemos pré determinar que a criança é e será perdida por que é violenta.

Vídeo apoio (Paulo Neves- Cientista social)
Às vezes podemos cometer a violência simbólica, mesmo sem querer, quando excluímos alunos por seu comportamento ou  por dificuldades no aprendizado. 
Micro intimidação - violência simbólica

Semana 6
Vídeo-aula 23: Assembleias escolares e democracia escolar

Professores e alunos, juntos resolvendo conflitos do dia-a-dia.
"Todos construindo uma escola democrática e participativa"
"A escola deve saber que tem o papel fundamental na formação ética e moral do aluno"

          Assembléia de classe: Relação entre alunos da mesma sala, diálogos sem obstáculos, sem citar nomes. Os alunos já tem anotações prévias do que vão discutir. Este tipo de reunião tende em levar o aluno a refletir sobre os problemas do dia a dia e também fazer algumas felicitações. 

No vídeo o professor apresenta alguns depoimentos de mãe e professores falando sobre as mudanças da escola depois das assembleias. 

   Assembléia de curso(uma série específicas): professores, alunos, funcionários e direção se reúnem para trazerem sugestões da sala para resolver os problemas. Benefícios: diminuição na violência e indisciplina.    Com esta prática os alunos ficam em posição democrática = Construção de valores na criança.

Assembléia de professores: Uma vez por mês os docentes se reúnem para discutir as relações(convívios) e a parte acadêmica. Todos juntos por uma escola e consequentemente uma sociedade melhor...

Vídeo-aula 24: Diversidade/Pluralidade cultural na escola
Daniele - Sociólogo

Objetivos da aula: Levantar discussões/ alguns conceitos para se discutir na prática docente. 

Diversidade no Brasil: Marca nossa vida social no Brasil. 
Porém existem dificuldades de se lidar com termos usados para tratar deste assunto: diferença, diversidade, pluralidade e multiculturalismo.
O que deve ser contemplado: as diferenças de cada grupo específico ou a igualdade de todos ou a diferença de cada uma das identidades?

Segundo Silvia Duschatzky  e Carlos Skliar no texto: "O nome dos outros: Narrando a alteridade na cultura e na educação", as vezes classificamos as pessoas diferentes de nós na escola como:

*O outro como fonte de todo mal
*O outro como sujeito pleno de uma marca
*O outro como alguém a tolerar

Muitas vezes temos dificuldades para lidarmos com as diferenças. 
Observe a Charge: 

      Temos nas leis e diretrizes no âmbito federal que devem ser respeitas. São Assuntos educacionais que devem estar na grade curricular.

1996: LDB Tema alguns parágrafos que fala sobre as diversidade, mas foca o ensino indígena
1998: Abordagem do tema da pluralidade abordado na costituição
1998: PCN - Aborda o tema pluralidade cultural como um dos temas transversal, à ser tratado na escola 
2003: Lei 10 639: obrigatoriedade da história da África e Cultura afro-brasileira em nossas escolas.
                                                " Respeito às diferenças"

2005: Diretriz Curricular Nacional para a Educação Étnico-Racial.
2007: Publicação do Programa Ética e Cidadania com textos de autores consagrados e ideias de atividades para que este trabalho seja contemplado no âmbito das escolas.
2010: assinatura do Estatuto da Igualdade Racial, não é na área da educação, mas tem preceitos que nos ajudam na educação.

Para refletir: Estamos preparados para receber os alunos com igualdade em suas diferenças?
É necessário que pensemos e repensemos nossas práticas a todo momento, pois recebemos diferentes pessoas todos os dias em nossas escolas...

                                              " Diferentes sim, inferiores não"

Semana 7
Vídeo-aula 27: Práticas de Cidadania
Profª Patricia Junqueira

Nosso enfoque será no desenvolvimento de projeto de atenção à comunidade.
Perspectiva psicossocial sobre a realidade social
O sujeito humano compreendido como sujeito histórico, produtor da realidade social, cultural e histórica e ao mesmo tempo determinado por essas conjunções históricas e culturais.

A aquisição de conhecimento: processo que se dá pelo acúmulo histórico e formam o processo de produção de sentido de cada um.


Implicações da perspectiva construcionista na abordagem psicossocial
A construção de relações e do sentido produzido socialmente estabelecem referências, nela o sujeito estabelece suas crenças, convicções e a partir delas, opinam, escolhem...Então é preciso que saibamos da história desta comunidade para desenvolver um projeto.


Contribuições da Psicologia para o atendimento em promoção à saúde
Reconhecer que o sujeito humano é um sujeito ampliado pela sua compreensão, não apenas daquilo que ele tem como elemento biológico, físico ou orgânico. Mas que é um sujeito que atua no mundo, regido por suas convicções, dotado de racionalidade, mas também de afetividade. Vamos ampliando esta noção entrecruzando com as dimensões histórico, culturais, sociais e comunitárias.


Etapas do projeto para a comunidade
*Diálogos e discussões com os representantes da comunidade, fazer parceria com eles para que a relação seja simétrica e horizontal.
*Levantamentos dos maiores problemas/demandas da comunidade
*Problematização das demandas para verificar o sentido dos problemas e assim definir temas para o projeto


Etapas para a elaboração do projeto de atenção direta
*Objetivos
*Definição de público
*Metodologia e estratégia de intervenção
* apontamento dos resultados esperados
* cronograma

"Todo projeto a ser desenvolvido deve fazer sentido para a comunidade"

Vídeo-aula 28: O Fenômeno do Bullying
Profª Kátia Pupo

Bullying significa: Atitude agressiva e repetitiva sem motivações.
Exemplos de ações no fenômeno bullying:
humilhação      
xingamentos
difamação
constrangimento
menosprezo
ameaças
intimidações
exclusões
perseguições
agressão física 
roubos 

O que fazer contra o bullying?
Alguns jovens acreditavam que não havia nada a ser feito contra o bullying, porém é possível reconhecê-lo e fazer sim algo contra ele. 

Como reconhecer o bullying?
É uma ação repetitiva e intencional
Tem duração prolongada
Não há motivos para praticá-lo
Desequilíbrio de poder
Impossibilidade de defesa


Como são geralmente as vítimas de bullying?
Algumas características podem nos levar a reconhecer uma vítima do bullying:
Tem pouca facilidade de sociabilização
Não reage as agressões
Diferentes características físicas, sociais ou orientação sexual diferente
Sentem vergonha de pedir ajuda
Às vezes podem se tornar agressores

Como são os agressores?
Podem ser de ambos os sexos
Não aceitam normas e tem dificuldades de lidar com frustrações
Liderança
Vão geralmente mal na escola
São desafiadores e agressivos

E os espectadores...
São omissos ao verem cenas de bullying
Passivos por medo
Ativo, estimulam e incentivam os agressores
Alimentam e contribuem para o crescimento do Bullying


Existe também o ciber/virtual bullying, no qual pessoas mal intencionadas utilizam as ferramentas da internet para cometerem bullying e ficam no anonimato. Este tipo de bullying é mais difícil de ser identificado (é feito mais por adolescentes). Conscientizar que pode acarretar ações penais


Consequências:
Tendência ao isolamento 
Fobia escolar
Irritação; ansiedade; tristeza (são mais propensos a desenvolver doenças como bulimia, anorexia, depressão, síndrome do pânico e transtornos afetivos)
Mudanças repentinas de humor
Suicídios e homicídios 


Como combater o bullying?
Conscientizar sobre o fenômeno
Sensibilizar todos que estão na escola
Construir na escola um ambiente de confiança, solidário e ético
Estabelecer regras e limites
Dar apoio às vítimas 
Não admitir atitudes de bullying, deixar isto claro para os alunos 
Aplicar sansões aos que cometerem este ato