Módulo II - Educação Comunitária e para a Cidadania

Semana 1
Vídeo-aula 1 - A escola e as relações com a comunidade
Prof. Ulisses


"A escola necessita ampliar os espaços educativos, incorporando os recursos da cidade e prioritariamente do entorno da escola no desenvolvimento de projetos que contemplem a comunidade como espaço de aprendizagem"

"Não basta que a escola esteja aberta à comunidade, é preciso que comunidade e escola conversem. Tudo o que acontece fora da escola precisa ser inserido no currículo da escola"

 No exemplo que o professor Ulisses cita em sua vídeo aula, os alunos foram para fora da escola, fotografaram os problemas de seu bairro. Como ônibus sem acessibilidade, lixo e entulhos jogados em locais proibido, esgotos abertos, questão de segurança, pichações, limpeza...etc 

 A partir destes problemas foram ensinados os conteúdos de matemática, português, história etc. Toda observação poderá ser transformada em projetos transversais para que se analisem e se encontrem soluções colocando os alunos como protagonistas... 

                        "Trazer a escola para além de seus muros e a sociedade para dentro da escola..."
  "Uma escola que se abre para integrar culturas e analisar os problemas sociais e faz os alunos serem os protagonistas de suas histórias..."


Vídeo-aula 2 - Fórum escolar de ética e de cidadania
prof. Ulisses


A Vídeo-aula apresenta a proposta do Fórum Escolar de Ética e Cidadania. O fórum tem como papel essencial articular os diversos segmentos da comunidade, escolar e não-escolar, que se disponham a atuar no desenvolvimento de ações mobilizadoras em torno das temáticas de ética, democracia e cidadania no convívio escolar, focando de forma específica quatro eixos de atuação: ética, convivência democrática, direitos humanos e inclusão social.

**O fórum deve ser o mais aberto possível, podem e devem participar os professores, famílias, padres, pastores, polícia, comerciantes, alunos...todos daquela comunidade. 

**O fórum pode propor criações de temas que serão desenvolvidos em projetos na escola. Juntos, no fórum, podem se discutir melhorias. O espaço de fórum é um espaço de democracia...

**Para que o fórum aconteça é necessário a união dos diretores de escola, comunidade escolar e toda a comunidade no entorno da escola. 

**Para estas reuniões de fóruns a comunidade pode escolher pessoas especialistas que podem apresentar outras visões sobre os temas discutidos. 

**À partir dos fóruns que poderiam ser mensais, ou no mínimo semestrais, todos da comunidade sabem o que está acontecendo... e quais estratégias serão utilizadas para esta ou aquela melhoria.

                                 "Fórum escolar - pensando em melhorias para a comunidade"


Vimos neste módulo um vídeo sobre o bairro de Heliópolis, no qual a comunidade unida tem garantido melhorias para o povo. A escola tentou aproximar a comunidade e teve sucesso...
Bairro educador: Todos estão preocupados com todos...
"A comunidade deve se organizar em função da educação"



"Nós somos da paz, não aceitamos violência. A paz nasce das crianças e cabe aos adultos sustentá-la"



Semana 2
Vídeo-aula 5 - Protagonismo juvenil e participação escolar
Prof. Ulisses


"A educação deve promover o acesso aos bens culturais exigidos pela sociedade contemporânea e garantir uma formação política que permita aos jovens participar da vida social de forma mais crítica, dinâmica e autônoma".

                                                "Alunos protagonistas"

Como podemos ajudar o nosso aluno a ser protagonista no processo ensino aprendizagem?

Podemos utilizar a metodologia ativa de aprendizagem : Ação do sujeito no processo...
A aprendizagem deve ser baseada em problemas, apresentar aos estudantes situações significativas e contextualizada no mundo real.

*O professor exemplifica este tipo de metodologia com os alunos da USP que desenvolvem projetos para ajudar outras escolas. Este tipo de projeto está incluso no currículo dos alunos da USP.

Como podemos promover a participação dos alunos?

*assembleias escolares
*grêmios estudantis
*estratégias de resolução e de mediação de conflitos
*estratégias de aproximação entre escola, família e comunidade.
*organização de fóruns escolares.

                    "A construção de um mundo melhor em nossas mãos"


Vídeo-aula 6- Educação comunitária e questões de gênero na escola
Profª Valéria Arantes


Nessa aula será apresentado um projeto de intervenção e investigação cujo principal objetivo foi desenvolver projetos e ações que privilegiassem a construção de valores ancorados em fundamentos de ética, direitos humanos e na igualdade de direitos e deveres entre homens e mulheres em situações de conflitos de gênero.

A professora Valéria apresenta nesta aula um projeto financiado pela FAPESP, no qual a princípio, os professores desta escola não acreditavam que a temática "questões de gênero na escola" fosse relevante. Porém, depois que iniciaram-se as pesquisas e investigações, perceberam o quanto o tema era pertinente para aquela comunidade.
          

                                                   
                                             "desigualdades de gênero em nossa sociedade"

Etapas do projeto:

Intervenção - Métodos

* Planejamento de ações
* Fórum escolar de ética e cidadania
* Pedagogia de projeto
* Trilhas, mapas roteiro
* Ação de formação de professores 

Investigação - métodos

*Observações diretas e indiretas
* Diário de campo
* Entrevistas individuais orais e por escrito
*Questionários abertos
*Relatórios dos professores - bolsistas sobre sub-projetos

    O mais importante para desenvolver um projeto é conhecer a realidade da comunidade, depois destas investigações percebeu-se que ali existia um grande problema em relação as desigualdades de gênero, como:

*Conflitos amorosos
*Traição
*Separação
*Violência contra o homem
*Violência contra a mulher
* Violência contra o casal


"Infelizmente ainda vivemos esta realidade"

Resolução de conflitos - três categorias

*Categoria não moral - problemas mais simples
*Categoria mágica - "Está nas mãos de Deus"
*Categoria moral - Igualdade/Justiça 

Vimos algumas imagens de como o projeto foi desenvolvido. 

Projetos como este devem nos encorajar a abrir as portas da escola para a comunidade e fazer a sociedade entender que somos iguais independentemente de gênero.


Semana 3
Vídeo-aula 9: Educação Comunitária e direitos humanos
Profª Ana Maria Klien

A professora apresenta as características da educação comunitária:
* Educação não formal
* Caracterizada por processos educativos coletivos

O objetivo da educação comunitária é desenvolver  o "sujeito coletivo", ou seja aluno-sujeito co-responsáveis pelas ações, relações, conflitos e decisões que ocorrem na comunidade. Alunos comprometidos  com a coletividade (querendo mudanças e igualdade social). 

                                "Aprender na comunidade, com ela e para ela "

     Para isso a escola deve ser menos autoritárias, menos fechadas, menos elitistas e menos distanciadas da população.  
     Os alunos aprendem a ser cidadãos com a comunidade, à partir dos problemas da comunidade. 
    
Os contextos educativos:

* Família
* Bairro/Cidade
* Escola
* Redes sociais e outras...

Currículo: Demandas e interesses das comunidades passam a fazer parte da escola e do trabalho pedagógico. 

                      "Abrir a porta da escola para os espaços do entorno"

Trilha (1993) - Destaca dimensões possíveis para relação educação - cidade:

Aprender na cidade: Museu/Ongs/Parques/Praças.
Aprender da Cidade: Coisas boas e ruins/ desenvolver o olhar crítico do aluno.
Aprender a Cidade: Ajudar a construir a cidade.

Caminhos para este trabalho:

Mapear o entorno: "Ação para fora da escola" , conhecer o que acontece fora da escola.
"Aquilo que aprendo formalmente na escola é integrado com a vida social me transformando em cidadão"

Trabalhar com projetos interdisciplinar os temas: 
- Direitos Humanos
- Direitos de crianças e adolescentes
- Discriminação racial, social e contra a mulher

"Os alunos precisam conhecer seus direitos e deveres para se tornarem cidadão críticos e conscientes". 


Vídeo-aula 10: Democracia e Educação em direitos humanos
Profª Ana Maria

No início da aula a professora cita Dewey, autor que trabalho muito com democracia e educação, ele acredita que democracia é um modo de vida. 

Democracia: prevalecimento da cultura humanística - modo de conduzir vidas
Modo de vida: proposição ética e moral  -  "Como me relaciono com os outros?"


                            "Educar para e pela democracia e direitos humanos"

    Tudo o que é feito na escola deve ser democrático. Não devemos trabalhar os direitos humanos como uma disciplina ou conteúdo, mas o ambiente escolar deve traduzir as ações democráticas para que todos  sejam autônomos e responsáveis. 

EDH no Brasil - Plano Nacional dos direitos humanos - Elaborado em 2003- revisto em 2006 (Afirma o compromisso nacional de se ter o EHD)

Aprender o EHD é o modo de prevenir que os direitos humanos não sejam violados. Sociedades com cultura  da paz, um Brasil legal...

Dimensões  e conteúdos do EHD:

* Apreensão dos conhecimentos
* formação da consciência cidadã  (na prática)
* desenvolvimento de processos metodológicos (com linguagens e materiais contextualizados) 
* participação coletivo (alunos protagonistas)
* fortalecimento de práticas individuais e sociais

A Educação em direitos humanos deve ser promovida em 3 campos (simultaneamente)

* Epistemológico: Conhecimentos em DH  e habilidades para aplicá-los.
* Axiológico: Valores, atitudes e comportamentos que sustentem o DH. 
* Práxis: desencadear ações para a defesa e promoção do DHs.

Conteúdos do EDH

*Maxi-conteúdos: Componentes que integram a EDH.
* Intermediários: Relação entre currículo tradicional das escolas e os conhecimentos em EDH. 
*Mini-conteúdos: Níveis de mais especificidades relacionando o ensino à realidade do aluno. 

Dimensões didáticos pedagógicas para inserir a EDH

* Pluridisciplinaridade: várias disciplinam  o estudam.
* Transdisciplinaridade: Transcende as disciplinas.
* Transversalidade: Articula o conhecimento com a vida real.

 Semana 4
Vídeo-aula 13: Educação Geográfica, estudo da cidade e o uso da cartografia. 
profª Sonia Castellar

                                  "A Cidade como projeto educativo"

Cidade- Locus:  Lugar de vivência estudar a cidade "na cidade"... além dos muros da escola.
      
            Entender a cidade, estabelecer diferentes níveis de análise na cidade, o aluno começa a entender onde moram e isso o ajuda na construção de seus valores. 
            Ir além das escola, integrar o estudo da cidade ao currículo...Superando superficialidades que se estuda na escola, colocar o sentido no aprendizado.
                       "Cidade educadora...Currículo Integrado, estimula a aprendizagem..."


Vídeo-aula 14: A cartografia e a representação dos lugares
Profª Sônia Castellar

      A professora apresenta nesta aula, a importância de se conhecer a cidade, a cidade deve ser uma cidade educadora.
      Podemos estudar os mapas...Mas não apenas copiá-los, é preciso ler os mapas...

         "Mapas também reproduzem sistema de valores sociais, culturais e históricos"

      Ao pedirmos para as crianças produzirem mapas, analisarmos a violência, a poluição dos rios etc... Transformar a cidade em uma grande sala de aula.

"São Paulo não é apenas o resultado do seu local, da sua situação e do seu clima: antes disso é o produto do trabalho dos homens que, em épocas diferentes, conforme as circunstâncias históricas mutáveis tiraram partido da natureza inerte"

           Construir currículo com mais o significado para os alunos...

Semana 5
Vídeo-aula 17: Transformações sociais, currículo e cultura
Prof. Marco Neira

"O desafio da sociedade multicultural"       
               


                                   "Sociedade Multicultural"

             Houve muitas modificações na sociedade através da globalização, tanto na alimentação, nas músicas, meios de comunicação. 
             Na escola, agora temos um público que antes não tínhamos e percebemos mudanças neste contexto democrático em que vivemos, tais como: 

·        Escola inclusiva
·        Movimentos Sociais
·        Grupos (mulheres/idosos)

           Devemos entender que a sala de aula é um contexto multicultural, pois cada um tem uma religião diferente, amam de maneira diferente, professores ensinam de diferentes formas etc.

              O professor ressalta que a questão da experiência do currículo tem sido estudada por vários teóricos.
“Como todo currículo é uma prática social, ele deixa marcas. Nós somos marcados pelos currículos que percorremos”.

Teorias curriculares:
* Teorias tradicionais: recortam um pedaço da cultura considerada válida ou importante e apresenta ao aluno, não dão valor ao conhecimento da cultura em si.
 * Teorias críticas: Aproximadamente nos anos 60,70 e 80 alguns críticos começaram a questionar esse modo de ensinar, ficaram conhecidos como críticos reprodutivistas.  
 * Teorias pós-críticas: Ensinar algo para a prática social, para que se entenda a sociedade.

Cultura no currículo
·        Cultuar, cultivar (Grécia Antiga)
·        Estado de espírito (França/Séc. XVIII)
·        Associada à razão e civilização (iluminismo)
·        Fator de identidade nacional (Alemanha, séc. XIX)
·        Modo de produção de classe (Inglaterra, séc. XIX)

Cultura, o olhar da Antropologia
·        Evolucionista (Tylor)
·        Relativista
·        Funcionalista (Malinowski)
·        Sistêmica
·        Interpretativa (Geertz)

        Hoje temos um novo modo de ver a cultura. Estudos culturais a partir dos anos 50, campos de lutas para validação dos significados.
Cultura, o olhar dos estudos culturais
·        Campos de lutas (hall)
·        Incorporação: Incorporar modo de mundo que acho mais importante (às vezes isso nos é imposto pela sociedade.
·        Distorção: Quando a idéia que aparece não é aceita pelo grupo que tem o poder, então distorcem as informações
·        Resistência: resistir a imposição de alguns padrões
·        Negociação: Se apropria de outras culturas de forma negociada



Vídeo-aula 18: A Valorização da cultura corporal da comunidade no currículo
Prof. Marcos Neira

Concepção de cultura: “Campos de lutas para validação dos significados”

O que é cultura corporal?



     Toda cultura que envolve as práticas corporais. Exemplos: Saber jogar damas, conjunto de conhecimentos que envolvem danças, jogos, brincadeiras, esportes e a própria linguagem.

      A cultura corporal agrega “elementos da gestualidade sistematizada” e não de movimento corporal. Podemos perceber que os gestos têm sentidos específicos dentro de uma brincadeira, de jogos, danças etc.

                                        Princípios curriculares
                                                        
·        Enraizar as identidades: Aquela prática tem sentido naquela sociedade?
·        Justiça Curricular: Elementos equilibrados dentro do currículo
·        Evitar o daltonismo cultural: A escola deve reconhecer o arco-íris de cultura valorizando as diferenças
·        Ancoragem social dos conteúdos: Cultura corporal é um patrimônio e precisa ser estudado na escola

                                                 Orientações Didáticas

·        Mapeamento da Cultura corporal: O que eles conhecem sobre o assunto?
·        Ressignificações de práticas corporais: Fazer através de trabalho de pesquisa
·        Aprofundamentos dos conhecimentos
·        Ampliação: Estudar o que aparece no mapeamento e aprender a fazer coisas que já sabem usando outras maneiras.

Semana 6
Vídeo-aula 21: Lazer, cultura e elementos comunitários
Prof. Ricardo Uvinha

O que é lazer?


Temos vários conceitos, um deles, de Carla Henderson, diz que o lazer não tem apenas um conceito, pois é algo vivido por indivíduos em vários momentos.

Dumazedier diz que lazer é um conjunto de ocupações às quais o indivíduo pode entregar-se de livre vontade (repouso, diversão, recreação, entretenimento, desenvolvimento e formação desinteressada).

Abordagens do lazer
Tempo
Atividade
Estado de mente

Apresenta os 3 D’s do lazer:

Descanso

Divertimento

Desenvolvimento



Conteúdos Culturais do Lazer

·        Artísticos
·        Intelectuais
·        Manuais
·        Socias
·        Físicos
·        Turísticos

Equipamentos de lazer específico

·        Micro equipamentos especializados: Atende a um conteúdo do lazer
·        Médio equipamento de polivalência dirigida: atende alguns conteúdos culturais do lazer
·        Macro equipamento polivalente: atende plenamente os conteúdos culturais do lazer

Equipamentos de Lazer não específicos

·        Ruas
·        Lar
·        Escolas

“Abrir espaços da escola de forma democrática, para que o lazer daquela comunidade possa ser aproveitado e seja visto como uma esfera social”


Vídeo-aula 22: Lazer, juventude e esportes
Prof. Ricardo Uvinha

       Nossa juventude se apegou muito fortemente a elementos da mídia como a televisão. Mas os esportes ainda fazem parte dos gostos dos jovens. É importante incluir o esporte e o lazer na juventude.


    
      O Lazer não pode ser visto como transgressão da ordem, mas sim como uma forma do jovem ter momentos saudáveis nas horas livres.

     O Professor fala também, sobre alguns grupos basicamente formado por jovens e suas identidades e a importância de se conhecer e respeitar estes grupos. Cada um deles tem características especificas no que diz respeito ao espaço físico no qual realizam suas atividades, nas vestimentas, na música, sua linguagem, rixas etc...

      É importante que enquanto educadores, entendamos como o jovem vive, valorizemos sua cultura e respeitemos sua história...

     Quanto aos esportes, o professor apresenta algumas modalidades, entre eles, os esportes radicais e diz que algumas escolas já adaptaram seus espaços para a realização dos mesmos, e mostra alguns benéficos da prática de esportes, pois estimula o aluno a:
·        Buscar resultados
·        Passar por perigos e desafios
·        Ter mais atenção e concentração
·        Ter mais estímulos e entusiasmo

Esportes radicais




“Através do esportes conseguimos desenvolver no aluno os elementos de cooperação, sociabilidade, respeito à natureza, culto ao que é saudável...”


Semana 7
Vídeo-aula 25: Relações com as comunidades e a potência do trabalho em rede
Profª Patrícia Junqueira

“Contemporaneidade – Tempo de paradoxos”


           A professora Patrícia inicia a aula dizendo: “Vivemos em um tempo de fragmentação, um tempo no qual a realidade é multifacetada e a sucessão dos eventos que assumem um ritmo frenético”

          No dia-a-dia encontramos tensões que às vezes não conseguimos superar:
·        Cultura de massa X cultura local: Tornar-se cidadão sem esquecer as origens.
·         Tradição e modernidade: Construir autonomia em dialética com a liberdade e evolução do outro
·        Competição X igualdade de oportunidades: conciliar a competição que estimula, a cooperação que reforça e a solidariedade que une


Hoje temos mais acesso a tecnologias, porém são disseminados valores de todos os tipos que podem atrapalhar até mesmo na identidade dos sujeitos... Existe um apelo à efemeridade e uma tensão para se manter a tradição
Comunidade- De quem falamos?

          Comunidade é a realidade social que garante a permanência de laços sociais mais estreitos.

         Os trabalhos em rede fazem com que todos ajudem a melhorar sua própria comunidade. Reconhecer-se em uma comunidade é importante porque faz com que o sujeito aprenda ser solidário, construir vínculos etc...
                                

Vídeo-aula 26: Uh-Batuk-Erê: Uma ação de comunidade.
Prof. Edson Azevedo


        O professor apresenta nesta aula uma experiência com trabalho escola-comunidade. A escola fica no Tremembé na Cidade de São Paulo, em uma comunidade que tem infra-estrutura defasada.

        Os jovens e as crianças desta comunidade tinham uma baixa autoestima devido a preconceitos por serem afro indígenas.
"Enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho nos olhos, haverá guerra" Bob Marley

        Então tomaram a decisão de criar uma ação na qual os alunos tivessem maior autonomia e acreditassem mais em si mesmos. Precisavam transformar os alunos em protagonistas... Queriam promover a arte como mediadora ao culturalismo presente na identidade brasileira orientada pela pedagogia da autonomia e da emoção do saber fazer consciente.  

       Surgiu o Uh-Batuk-Erê, como era feito?

·        Existiam encontros de formação
·        Oficinas de percursão, dança e capoeira
·        Oficinas canto-oralidade, artesanato
·        Fóruns comunitários (De onde surgiu  “Elaboração da carta Esmeralda” que era uma carta de intenções desta comunidade encaminhada aos órgãos competentes para pedir melhorias para a região)

Fizeram as trilhas culturais e as trilhas de observação do entorno para depois levar ao conhecimento de todos os problemas da comunidade.

        A ação do grupo acontece em:

·        Apresentações internas e externas
·        Protagonismo: Alunos que trazem e levam a comunidade para a escola, organizam e assumem seu papel...

         O grupo já teve reconhecimentos internos e externos na região e até em esfera federal, receberam o prêmio “Menções honrosas” e apresentaram o espetáculo “Mulheres e divindade”.

        O que é inovador?

        A junção de sentimentos e ação através do diálogo.

        Benefícios:
  
·        Melhor relação com o grupo
·        Encontros comunitários
·        Diminuição do preconceito
·        Alunos se transformando em cidadãos da comunidade
·        A escola assumindo seu papel de responsabilidade na melhoria da comunidade...